Por Cleverson Marcondes – Colunista
*Lembrando que o texto anterior é o princípio desta série sobre cirurgia bariátrica.
Quando foi meu Start?
Antes de falar mais sobre o que está ocorrendo comigo nas consultas medicas, quero relatar o que me impulsionou a procurar o médico para realizar a cirurgia bariátrica.
Tudo começou quando comecei a ter limitações pra fazer coisas básicas e simples da vida, como calçar sapatos, colocar um par de meias, abaixar, dificuldades para o corte das unhas do pé, entrar em um carro, fazer uma caminhada longa, se limpar no banheiro, não desenvolver normalmente as funções do trabalho e mais um monte de coisas que eu tenho certeza que quem é obeso sente as mesmas coisas e se identificará com esse princípio.
Vamos para algumas causas, a circulação nas minhas pernas e as três Erisipelas que tive deixaram as minhas canelas além de muito feias, com manchas pretas, como também sentir uma dor muito grande no verão com pouco tempo de caminhada. O inchaço é absurdo, os sapatos e tênis não cabem nos pés. Eu me consultava na época em posto de saúde, ou UBS, eles me davam diurético, eu tomava, perdia líquido e questão de dor nada resolvia.
A dor nas costas também apareceu, troquei o colchão por um de densidade maior, porém nada adianta. O problema não é a posição em que se dorme é o peso que nosso corpo não aguenta mais carregar.
Existe um outro lado, a sociedade não olha para o obeso como uma doença grave, ela vem pra cima, te faz piada, mesmo parentes, amigos e tenha certeza de quando você virar as costas, vão questionar o porque você está obeso. Vão nos chamar de relaxado, vão falar mil e uma coisa. Primeiro por não conhecerem do assunto.
Não quero me vitimizar, nem que vocês obesos que estão lendo se vitimizem, somente que possamos jogar aberto e falar o que realmente acontece com o obeso, não só no aspecto de saúde, mas também no padrão de corpo que a sociedade impõe.
Então além de todos os problemas de saúde causadas pela obesidade, tive muita sorte de não estar hipertenso, nem diabético e nem cardíaco. Imaginem quantos mais jovens que eu estão? (Minha idade 43 anos).
Sim, a obesidade atrapalha muito no relacionamento, não só pela questão estética, não só pelas limitações que o homem, ou a mulher vão ter no ato sexual, mas ainda no psicológico. Nunca tive problema em chegar nas garotas, também nunca fui um cara que teve várias namoradas, mas já ouvi muito na cara, ou de bastidores.
– Você é maravilhoso, mas… VOCÊ É GORDO. (Isso não é brincadeira, estou falando sério)
- Você tem um rosto LINDO… Essa é clássica.
Coloco um ponto na minha vida, as mulheres que ficaram comigo nesse período obeso, foram mulheres sensacionais e guardo um carinho absoluto por elas. Não tenho inimizade com nenhuma delas, ou quase nenhuma. “RISOS”
A minha vó dizia uma frase, que muito provável que vocês já ouviram.:
– Quem gosta da gente, é a gente mesmo!
Essa é a frase de uma senhora matuta de 87 anos de idade, semi analfabeta, isso não impediu a minha vó de desenvolver o intelecto emocional.
Partindo deste princípio da minha vó e todos os problemas que eu passo, por saúde e mobilidade, eu passei a colocar na minha mente. – Eu vou mudar!!! Com apoio do meu patrão que é um homem generoso, fui a consulta. Hoje estou nos procedimentos pré – cirúrgico que ainda irei relatar nesta série.
Aguardem amanhã o próximo texto.
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