Briga de Torcida

Por Ezio Bonani – Colunista Convidado.
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Como estamos próximos dos animais, ou talvez distante demais. Pois se analisarmos muitas atitudes de seres que não possuem a racionalidade, transparece uma compaixão maior que a humana.
Tudo nos divide, as raças, as crenças, fronteiras e besteiras. Tudo nos preocupa, até mesmo o que devia nos distrair.
Até pouco tempo atrás, não perdia um jogo de futebol do meu time de coração, sofria com suas derrotas, me enchia de alegria com suas vitórias, isso me inebriava, era tão bom estar envolvido nisso, sem contar da felicidade de encontrar dos que compartilhavam da mesma paixão, zombarmos dos divergentes, principalmente quando o resultado nos era favorável, na situação oposta, me confortar na mesma bolha e encontrar desculpas para as más atuações em campo.
Sempre me esforcei para não deixar o fanatismo me atrair demais, por conseguir manter a distância segura, percebia que era um vício, se os outros eram alcoólatras, eu somente bebia socialmente. Ou pelo menos entendia que assim agia. E obviamente julgava os excessos, não entendia como pode existir um torcedor de torcida organizada. Como pode alguém ter esse vicio?
Fácil julgar o vicio alheio, porém difícil entender que essa é uma estrutura comportamental que existe em diferentes áreas. Impossível não citar o exemplo da política atual. Onde tudo o que origina do viés oposto de um indivíduo, simplesmente é totalmente errado. Então se voltarmos às quatro linhas, queremos uma vitória do futebol? Onde todos os times possam apresentar um bom espetáculo e o entretenimento trará a felicidade a todos, ou queremos somente que nosso time ganhe, mesmo que seja roubado, nos incomoda que o estádio de nosso amado clube tenha sido superfaturado, dinheiro desviado que poderia ser aplicado na educação e na saúde, ou nesse caso, um pequeno desvio é permitido?
Tudo traz consequências, quais são as consequências para a população, mas quais são para nós mesmos?
Se esse é um padrão talvez até patológico, onde isso se enquadra em nossa existência? Em qual parte de nossas vidas agimos como um fanático cego, onde a verdade não importa, mas sim a narrativa que nos deixa superficialmente feliz?

Aqui colocamos nossos pontos de vista

Por Cleverson Marcondes – Colunista

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Não desejamos ser os donos da verdade

 

Desde que começamos a escrever no blog, jamais colocamos aqui opiniões com o objetivo de parecer donos da verdade.

A ideia sempre foi compartilhar pensamentos e entreter o nosso leitor.

Essa semana estaremos recebendo mais um colaborador importante, que espero que fique na equipe, Ezio Bonani, ele nos trará artigos e alguns contos. Ele é engenheiro, músico, espiritualista, está preparando um livro e esses contos são spoliers do livro. Toda quarta-feira será postado.

O Blog já bateu papo com ele em Podcast falando de seu trabalho na banda Dúbia, ele mora no Canadá, a uns 5 anos mais, ou menos e tem muito pra nos contar, o que vive na América do Norte e o que viveu aqui.

Nossa preocupação é tão somente entreter e a troca de ideias com vocês, pra que possamos fazer a vida mais leve, tomando aquele café com gosto de bate – papo de horas incansáveis e boa companhia.

Espero que a semana de todos seja repleta de coisas boas, apesar da pandemia pelo mundo. Que possamos tirar o maior proveito desse momento.

Até mais.

Nossos domingos não são mais os mesmos

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Por Cacá Privati – Colunista

Na década de 80 surgiu um piloto na Fórmula 1 de capacete amarelo e sobrenome Silva, mais brasileiro que isso impossível, tinha como paixão sua profissão e seu país. Estava em uma equipe pequena, porém ele tinha um grande arrojo. Na pista seca seu carro não rendia, mas na chuva ele guiava como poucos. Foi fácil perceber seu talento, e aos poucos nós brasileiros estávamos criando um hábito nas manhã de domingo.

A pista de Mônaco parecia mais larga para ele e para outros uma viela. Não tinha medo dos cascas grossas, pelo contrário, era rápido, destemido e perfeccionista.

Depois de tirar leite de pedra com carros meia boca, foi para uma equipe de ponta, ao seu lado, o professor. O professor que ao lado dele virou aluno na temporada de 88. E os brasileiros que estavam um tanto frustrados com a seleção de futebol, abraçou uma nova paixão: o automobilismo, neste caso a fórmula 1, e o nomeou como um grande ídolo.

Tivemos outros grandes pilotos campeões mundiais na Fórmula 1, Fittipaldi e Piquet, mas Senna era diferente, tinha carisma, conseguia fazer o Brasil parar nas manhãs de domingo, e nós apenas esperávamos a bandeira quadriculada, o tema da vitória, que nos faz derrubar uma lágrima quando ouvimos até hoje, e a bandeira do Brasil erguida pelo seu próprio punho, hábito que ele criou em 86 após vencer o GP de Detroit.
Depois disto muitas disputas com Prost, Mansell entre outros, mais dois títulos vieram e muitos shows pelas pistas do mundo a fora e Interlagos, como fez em 91 e 93 que em situações adversas conquistou a vitória com muita raça e muita emoção.

Outro show de Senna foi em Donington Park em 93 que com um carro completamente inferior fez a melhor primeira volta da história de todos os tempos, esta opinião não é só minha, mas sim de muitos especialistas.

No final de 93 já não tinha mais um carro competitivo e decidiu se transferir para a melhor equipe do momento com carros mais velozes e com uma nova tecnologia que o tornaria mais uma vez campeão, mas não foi o que aconteceu.

Depois de duas corridas sem pontuar veio o trágico GP de Ímola na qual a história todos já sabem. O Brasil parou, o domingo que geralmente era de alegria se tornou de expectativa, e o que nenhum de nós queríamos ouvir aconteceu: o gênio se foi.
25 anos após este dia lembramos com carinho de como eram alegres as manhãs de domingo, e de como ficávamos acordados nas madrugadas dos GPs do Japão e Austrália só esperando ver a bandeira brasileira no lugar mais alto do pódio.

Separei dos vídeos, o primeiro mostra toda a genialidade de Senna, principalmente na chuva no grande prêmio da Europa de F! em 1993, e o segundo, o clipe de música da Tina Turner “The best” uma homenagem ao nosso grande ídolo.

 

Publicado em 11 de abr de 2018

 

 

Publicado em 25 de jan de 2014

Fechado para balanço

 

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MUDANDO A ROTINA

Por Cacá Privati – Colunista

O mundo parou, o Brasil parou, os nossos hábitos mudaram e se adaptaram e este momento. Não estou aqui para defender lado A ou B e sim perguntar: do que você sente mais falta? Qual é a primeira coisa que você irá fazer quando tudo isto acabar? E o que você aprendeu sobre você mesmo neste período?

Faz um pouco mais de um mês que estou em casa saindo somente quando há necessidade, fiquei quase um mês sem saber o que era pegar no volante de um carro, só converso com amigos via rede social ou conversa por vídeo, shows de rock, através de lives, seriados, já finalizei alguns, quem quiser alguma dica me manda uma mensagem.

É claro que estou mais tempo com os meus pais e meus cachorros, mas sinto falta da minha rotina que reclamo tanto, do trânsito caótico, das filas nos estabelecimentos. Assim como também sinto falta de estar sentado com os amigos falando besteiras, olhar e sentir o cheiro do mar, assistir algum show ao vivo, o futebol, ah o futebol, que saudade de ver o tricolor jogar, agora que eu estava quase iludido com este time.

Neste período em casa, e por coincidência estou de férias também, pensei bastante em mim, na minha vida em geral, nos acertos e nos erros, nas pessoas em minha volta e no que posso melhorar daqui para frente.

Mas enfim, eu gostaria de ler as respostas de vocês.

Doando, para que chegue o novo.

Por Cleverson Marconde – colunista

 

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Doar é um ato de amor

 

Estava mexendo nas minhas gavetas e como eu fiz redução de estômago o ano passado, muitas roupas minhas não me servem mais.

É a terceira vez em que encho sacolas e envio pra doação, mas não é isso, doar o que não me serve mais.

Aprendi que é necessário abrir espaço para novas coisas entrarem no lugar. Cada vez que compro uma nova roupa, eu doou uma, ou mais roupas.

Exemplo: – Comprei uma camisa nova, doou outra, ou doou até mais de uma. Abrindo espaço pra que se renove e que não falte.

Não estou dizendo pra você abrir o seu armário e sair doando tudo o que tem. Estou só dando a ideia que podemos abrir mão, pra que se renove e que outra pessoa possa usar aquela roupa que te serviu por um tempo.

Experimente doar toda vez que novas roupas entrarem no seu armário. Se gostar, crie esse hábito.

Uma semana linda para todos os leitores.

Decisão

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Um segundo pode mudar a sua vida

Por Cacá Privati – Colunista

Se você tivesse a chance de voltar e encontrar o seu eu do passado para ter a oportunidade para pedir algo ou informar algo para fazer da sua vida melhor ou diferente o que você falaria?

A cada momento tomamos decisões que podem mudar o rumo das nossas vidas em um piscar de olhos, decisões que às vezes estão fora do nosso cotidiano que acontece ao acaso como um acidente por exemplo ou algo que está no nosso dia a dia, porém hoje queremos fazer diferente, como se todos os dias eu fosse trabalhar de carro, mas hoje eu quero ir de ônibus para ver se algo acontece de diferente na minha vida.

Você em algum momento parou para pensar nas suas decisões por mais simples que sejam?

Se eu pudesse voltar para trocar uma ideia com o Cacá no passado não mudaria qualquer decisão que eu tenha tomado, por pior que seja e que tenha me afetado, os momentos ruins serviram para ajudar a desenvolver o meu caráter, afinal só estamos preparados a vencer na vida quando sabemos superar as derrotas.

A única coisa que eu falaria para mim mesmo é, valorize quem realmente se importa com você, pois muitos vão falar que se importam, mas poucos realmente se importam, e quem se importa não vai falar vai fazer algo por você com o coração.

 

Se tornar produtivo em um momento que a ociosidade nos convida.

Por Cleverson Marcondes – Colunista

 

Estou cuspindo fogo e inquieto desde o inicio da quarentena

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Desde que começou a quarentena eu estou inquieto, eu estava em uma velocidade enorme trabalhando, produzindo material pra loja de roupas, produzindo material pra um amigo que irá abrir um negócio relacionado a comida, se tudo der certo ainda neste semestre.

A principio nada mudaria, os fornecedores me deram a letra de que continuariam me enviando roupas e calçados, eu estava com o último lote de vendas do mês de março todo engatilhado, com um número expressivo de produtos que iria me dar uma boa margem de lucro e capital.

No dia seguinte um balde de água fria, vários fornecedores me informaram que não seria possível a entrega de materiais, por conta da pandemia de coronavírus.

O que eu iria fazer?

Comecei a me reprogramar e correr atrás de outros fornecedores, avisei aos clientes que fizeram pedidos que eu iria faltar com eles nesse momento e que assim que a distribuidora voltasse a trabalhar os pedidos deles vão ser atendidos. Se algum deles quisesse cancelar o pedido, tudo bem, é um direito de cada um.

A boa noticia é que todos eles resolveram aguardar, mesmo assim, eu disse que faria a consulta em tempo propício pra ver se eles ainda queriam aquele produto, não mais aqueles, ou outro, ou nenhum.

Problema número 1 resolvido, agora vem, ocupar o meu tempo ocioso com algo que possa ocupar a minha cabeça.

Peguei uma folha de papel e comecei a escrever em uma coluna tudo que estava fazendo até ali e uma outra coluna com tudo que poderia fazer estando com tempo vago para preencher.

O resultado foi legal, retomei alguns cursos, passei boa parte do dia correndo atrás de outros fornecedores. Foquei um pouco no meu próximo negócio de vasos que eu gostaria de ter começado ainda neste semestre e como tudo eu anoto em um caderno desses escolares de capa dura, eu anotei tudo.

Se reprogramar e antecipar pro que irá acontecer pra frente é muito importante, eu não creio que iremos voltar a trabalhar em uma linda segunda – feira, todos de volta ao trabalho.

Muita gente infelizmente irá perder emprego, muitas pessoas vão ter os seus negócios prejudicados ao extremo. Só que nós não podemos desistir. É preciso seguir, continuar com nosso trabalho.

Espero que todos vocês estejam preparados pra se ajudar, eu vou lançar uma campanha de anúncios grátis aqui de pequenas empresas e em todos os textos eu vou colocar uma lista das empresas pra que possamos nos ajudar a vencer esse momento.

Se quer ver sua empresa estampada em nosso blog, deixe contato abaixo no campo de comentários.

Um grande abraço, até a próxima.

 

Prioridade

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Os números “um” das nossas vidas

Por Cacá Privati – Colunista

Meus amigos, nesse meu retorno ao blog pensei em muitas coisas para escrever, e veio aquela máxima, quem pensa demais não chega a fazer nada, no meu caso, escrever nada.

Mas uma coisa me incomoda muito e não tenho certeza se já escrevi isso no passado, mas é a palavra prioridade. Não a palavra em si, mas a forma que está sendo usada nos tempos atuais. Vocês já devem ter ouvido ou lido a frase, “não trate como prioridade aquele que te trata como opção”

Mas qual é a sua prioridade? Qual é a minha prioridade? Será que estamos sendo justos? Será que estamos enxergando e valorizando quem nos trata como prioridade? À vezes cometemos injustiças, mas nem sempre porque queremos, pode ser por falta de atenção de não enxergar o que está a 5 centímetros do nosso nariz.

Aprendi muito nestes últimos 5 meses, principalmente em falar não para muitas coisas que eu falava sim, aprendi a separar as coisas, estar mais próximo de quem realmente eu preciso estar, de quem me faz bem, de quem é o que faz mais sentido para a minha pessoa.

Algumas coisas não há com voltar no tempo, não tem como desfazer, mas usar como aprendizado de ser algo melhor, de fazer algo melhor, de se fazer presente, e principalmente dar valor a quem realmente mereça.

Na vida vamos encontrar muitos colegas, mas poucos amigos, muitas paixões, poucos correspondidos, e a sua prioridade é você quem escolhe.

Bom dia, quanta alegria!!!

Por Cleverson Marcondes – Colunista

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Não está feliz? 

Eu consigo compreender que em meio a uma Pandemia que passará para a história da humanidade não é possível ter toda essa alegria, mesmo que lá fora o Sol esteja lindo brilhando no céu azul celeste.

Nós do Café, bate – papo e cultura, estamos voltando, não pra falar de Coronavírus, não temos competência, nem conhecimento científico pra tal e não é o proposito de um blog de entretenimento.

Vamos procurar nessa volta trazer momentos mais leves e agradáveis para enfrentar essa crise. Contamos novamente com a colaboração dos nossos leitores.

Juntos nós vamos vencer essa luta com positividade. Apesar de tudo, o Sol nasce todos os dias.

Pra quem é de fé, façamos nossas preces, pra quem não é de fé usem os bons pensamentos e pra quem crê na lei de atração peça, pra que o universo nos mande a cura através dos nossos cientistas.

Força as profissionais da saúde na linha de frente, aos policiais, bombeiros, profissionais dos supermercados que nos abastecem, farmácias, moto boys e carteiros que vem ao nosso lar. Enfim, a vida está girando, mesmo com a grande maioria em quarentena.

Até o próximo texto, avisando que mudamos nossa programação, textos as segundas e sextas – feiras e algumas quartas um Podcast pra vocês, com um bate – papo com o leitor exclusivo em nossa página.

Meu muito obrigado.

 

 

Um pouco das minhas lembranças

Por Cacá Privati – Colunista

 

Ontem  quando estava voltando para casa me dei conta que é possível viajar no tempo, na minha playlist estava uma música que não ouvia há tempos, muitos talvez não a conheçam (os mais novos) os de trinta para cima com certeza já ouviram, My Love do Little Texas. Quando esta música começou a tocar foi com um portal que se abriu em minha cabeça e me jogou em um passado um pouco distante e muito rico, pude sentir o cheiro, a lembrança, o coração começou até bater com mais vontade.

Quando o Clever falou que este mês seria dedicado aos anos 80 eu pensei que não poderia ficar de fora, pois as décadas de 80 e 90 têm um lugar especial em meu coração.

Por todos os problemas que tive, foi um momento bom, as madrugadas que eu passava gravando fitas para ouvir durante as viagens com os meus pais no nosso velho Fusca branco, os momentos na frente da TV assistindo, Chaves, Tom e Jerry e Pica Pau, nas tardes jogando Atari até comprar o meu Mega Drive, ouvindo muito A-ha, Roxette, Bryan Adams, entre outros. Os tempos foram outros, não tínhamos as facilidades em muitas coisas que temos hoje. Tínhamos o MS Dos, CD’s e quando queríamos ouvir uma música tínhamos que ligar para a rádio, quando tínhamos que pesquisar algo íamos à biblioteca. O nosso WhatsApp na escola era uma folha de caderno, que passava de carteira em carteira, ou bilhetes para aquela que gostaríamos de conquistar quando não havia aquela vizinha que fazia nosso fora bater um pouco mais.

Lembro de quando chegava na sexta feira que meu pai me buscava na escola para passar na locadora, alugava três filmes para devolver na segunda (promoção) e eu alugava dois jogos de vídeo game para passar o final de semana, e tínhamos que torcer para que ninguém tivesse alugado o jogo ou o filme que a gente queria.

As pessoas eram mais presentes, as ligações mais frequentes, tudo era mais pessoal, era mais verdadeiro,

Por esta meia hora que estive escrevente consegui relembrar muitas coisas boas, as tardes de jogo de botão com os vizinhos, os churras da rua, as intrigas e brigas da vizinhança, e as manhãs de domingo quando quase todo mundo parava ver o Senna correr.

Isso foi muito bom, mas a vida segue e a saudade fica.