Gostei disso aqui!

 Por: Adriana Fernandes – Colunista

 

Eis que além das perguntas “cabeludas” a criança começa manipular seus órgãos sexuais.

O primeiro impulso da maioria dos pais é repreender, dizendo ser feio e tirar a mão da criança “de lá”.

Bom… esta não é a atitude mais indicada nestes casos. Assim como no post anterior sobre perguntas, a sugestão de lidar com naturalidade com a situação também cabe aqui. E o motivo é o mesmo: não passar a informação de que isto é algo errado, misterioso e que tem o poder de desconcertar os adultos (ou seja, “tem algo errado com isso”).

O desfralde, momento em que a criança deixa as fraldas, serve como um ótimo aliado para passar a informação de que existem ambientes públicos e privados. E que algumas necessidades, higiene e ações íntimas devem ser feitas em ambiente íntimo e privado.

Dependendo da idade, se já estiver com o corpo preparado e bombando hormônios (pré-adolescência), ele(a) já pode ser orientado(a) que este tipo de atitude é natural, que ele(a) está conhecendo seu próprio corpo, porém que isso deve ser feito em ambiente preservado.

No caso de criança pequena, o indicado é distrair a criança, buscando apresentar outras atividades e brincadeiras, sem chamar a atenção para o ato em si. Se a criança perseverar, insistir ou questionar, é indicado dizer que existe bastante coisa bacana que ela pode fazer, como brincar ou jogar com os amiguinhos, e que pode estar perdendo por fazer uma coisa só. Que mesmo sendo “gostoso” ela pode fazer outras coisas gostosas. (Também é interessante procurar um médico para verificar se não é o caso de uma alergia local).

Mas se mesmo assim a criança continuar apresentando comportamentos onde se percebe que a sexualidade está muito aflorada, e que a criança está se tocando mais que o normal, o ideal é analisar a possibilidade de um abuso ou da exposição da criança a cenas de sexo reais ou na mídia.

Todo cuidado é pouco quando se tem uma criança em casa. Através de pequenos sinais é que se chega, em alguns casos, a significativas descobertas em relação ao mundo do pequeno ser.

Adriana Fernandes.
Psicóloga / Neuropsicóloga.
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